segunda-feira, setembro 11, 2006
.Intervalo.
Cansaço de sentir este peso nos meus ombros…
A sombra dessa sede arrepiante
Não sei, é demais para mim, não vês?
O peso irreflectido do teu contacto faz-me fraquejar
E ficar a olhar… a distanciar a distância…
Das estrelas que vi das portadas
Escrevi o teu rosto sem te saber
Desenhei umas mãos que ficaram as tuas
Fechei os olhos para criar os teus na penumbra.
Para mim as linhas estavam certas, como o destino
Mas não sabia que também eras uma droga letal
O carrasco dos meus dedos e dos meus sonhos
Habitante do meu terrível pressentimento.
Não consigo voltar a escapar aos teus desígnios
Para onde quer que vá encontro o teu império
Sinto a tua força contra a minha alma esmagada em fúria
Estranha ambiguidade que persegue um corpo neutro…
Mas eu não quero sentir-me fraquejar
Aquela porta vai ficar selada com a minha língua.
Não fiques à espera de ver a lua nascer no meio do caos
Porque eu saí pelo lado oposto da tua noite.
Deixo um beijo ao lado da tua cama e um copo de água, mata a tua sede.
Por agora fui para intervalo.
(ontem à noite)
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