domingo, dezembro 21, 2008

Bebe-me a alma, aconchega-me o peito. Espia-me por entre as árvores enquanto me distraio com os gritos dos pássaros. Da ausência, não pedi mais nada, com medo que as agulhas me assaltassem os risos da memória. As palavras, cansadas, não me disseram mais nada do teu nome, naquele fim de tarde em névoa. Guardei-as para dentro de mim, até adormecerem no meio dos teus braços. E os pássaros fugiram para longe, as folhas caíram. Como caem os homens mais fortes por vezes das árvores.

Só tu ficaste a observar-me, naquele fim de tarde. Minuciosamente. 



1 comentário:

Rothschild disse...

Observo-te minuciosamente para, quando não estás, poder relembrar-te milímetro por milímetro.
Espio-te... porque gosto! XD