skip to main |
skip to sidebar
Elevador dos sentidos (e música febril)
Balanço frenética neste elevador dos sentidos. Eles sobem e descem como as minhas gravuras acústicas, como o teu olhar azulão debruçado na minha pele clara e nos meus estilhaços de voz rendida. Tento inventar-te nas minhas teorias e idiossincrasias do espaço. Tento inventar sempre um mundo melhor nas minhas paredes pintadas a magenta e preto, em noites de medos e fugas. Mas o mundo tem demasiadas complexidades para fraca entendedora de incompatibilidades como eu. Para mim tudo é susceptível de se conjugar e interligar entre si, de se preencher um pouco mais quase até ao infinito. Para mim, todos têm em falta uma peça, tipo alma gémea que tantos esgravatam até à exaustão, acredito que temos em falta essa peça do puzzle que outra pessoa nos trará em alguma vida, em algum lugar. Sob a forma de companhia de pequeno almoço. Ou de mera conversa espectante. Ao som de Linda Martini. Inevitavelmente.Valerá a pena procurar e esgravatar? Assim tão exaustivamente quase parece patético e oco. Por isso me sentei no meu elevador de sentidos e deixei que ele parasse entre o oitavo e o nono andar. Até encontrar a vertigem. Ou antes a claustrofobia. E revi-me nesse espaço pequeno e escuro e não desejei mais nada. Parei de esgravatar. A música febril rodava distante num outro andar...Então alguém entrou no elevador… e não era o fantasma do passado. Tu eras bem de carne e osso e pele e sorrisos e voz rouca e vibrante. E sinto pena de não ter acreditado bem mais cedo. Em mim, no improvável. Na peça de puzzle que me vens trazendo por estes dias. Nesse sorriso de marotice.E tu deixas em mim tanto de ti…Haverá ainda lugar para príncipes?...[ gosto da forma do nosso puzzle :) ]
Sem comentários:
Enviar um comentário