Vamos embriagar-nos nos ecos da memória, vamos fingir que existimos apenas nós e o firmamento. Ou então não me conheças de todo agora, finge que me inventas de novo nos teus sonhos, e dançamos, irrepreensíveis, sobre as incoerências. E então olhas para mim pela primeira vez. E eu sei que os meus olhos se inundam dos teus. Perdidos na imensidão da tua voz de açúcar, esgotados num silêncio que tem tudo de ensurdecedor como de delicado. É nele que habitam as frases que ecoam baixinho na minha cabeça, as que guardo para te dizer um dia, sob a forma de um poema, quando for maior que aquilo que sou agora, e não for mais dormente de mim mesma.
Contrario-me constantemente nos olhares e na razão, e depois consumo analogias compulsivamente para não pensar mais nisso. Eu sei, é um defeito que eu tenho às vezes, e tu sabes disso porque já me sabes de cor. Procuro a poesia escondida nas coisas concretas. Rio-me de ti, para engolir a vertigem, cá dentro, e atropelo as flores que nasceram no chão na tua ausência. Não tenho mais nada a dizer agora, porque não me interessam mais os paradoxos. Fala-me de ti. Não penses demais no que me vais contar, eu só quero ficar assim, a olhar para ti, sincronizada nos movimentos dos teus lábios. Ensina-me a não ter medo de cair no chão que piso, inventa-me, inventa-me. Segura a minha mão agora para que eu o saiba.
E eu não quero saber mais das fogueiras de gritos dos fantasmas que invadem a manhã. Desde que me concedas essa languidez do teu perfume, e me leves a conhecer muitos sítios que mais tarde não me deixem esquecer nunca que existimos. Juntos. Só quero descobrir que o teu odor é um presente por entre a minha roupa, e que deixaste a tua paz em mim quando saiste. E quero que me digas para ficar. Para parar aqui. Enquanto me beijas os cabelos. Quero que o digas.
Vamos inventar as razões mais assimétricas que possam existir para continuarmos assim sem largar as mãos.
Contrario-me constantemente nos olhares e na razão, e depois consumo analogias compulsivamente para não pensar mais nisso. Eu sei, é um defeito que eu tenho às vezes, e tu sabes disso porque já me sabes de cor. Procuro a poesia escondida nas coisas concretas. Rio-me de ti, para engolir a vertigem, cá dentro, e atropelo as flores que nasceram no chão na tua ausência. Não tenho mais nada a dizer agora, porque não me interessam mais os paradoxos. Fala-me de ti. Não penses demais no que me vais contar, eu só quero ficar assim, a olhar para ti, sincronizada nos movimentos dos teus lábios. Ensina-me a não ter medo de cair no chão que piso, inventa-me, inventa-me. Segura a minha mão agora para que eu o saiba.
E eu não quero saber mais das fogueiras de gritos dos fantasmas que invadem a manhã. Desde que me concedas essa languidez do teu perfume, e me leves a conhecer muitos sítios que mais tarde não me deixem esquecer nunca que existimos. Juntos. Só quero descobrir que o teu odor é um presente por entre a minha roupa, e que deixaste a tua paz em mim quando saiste. E quero que me digas para ficar. Para parar aqui. Enquanto me beijas os cabelos. Quero que o digas.
Vamos inventar as razões mais assimétricas que possam existir para continuarmos assim sem largar as mãos.
1 comentário:
miii em que planeta é que tu andas????!!
lol... fofinha tu :D
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