domingo, janeiro 06, 2008

Pandora's box

E se o bater das asas da borboleta for demasiado rápido? Tornando-se talvez tão poderoso que desperte as imagens oníricas que nós tentamos esconder de nós próprios. Aquilo que não queremos evitar mas evitamos, até não conseguirmos mais fingir que não o somos. Mas somos. A caixa de Pandora. À minha frente, esperando estaticamente que eu não consiga ignorar mais as subtilezas. Guardemo-nos dela. Assim saberemos sempre o caminho de volta.

Mas existe essa eventualidade. Um pouco obsessiva demais para que eu saiba geri-la na minha cabeça. É um “talvez te dê as mãos porque te quero sem normas e sem nexo” que me faz divagar e seguir em frente pelo caminho ambíguo das coisas erradas. Ou que admitimos como erradas, para fingirmos sermos certos. Ou apenas porque eu não me contenho às vezes. É isso. Deveria ter seguido o lado coerente, se não fosse a Pandora e o Tyler Durden a gritarem-me aos ouvidos. Não segui. Eles gritavam demasiado alto. E depois?

Simbiose de ideias. Refúgios. Abraços apertados. Entrelaçar os dedos. Pequenas coisas. Deliciosas pequenas coisas. Eu a sentir-me bem com isso.

(E vamos só tomar cafés e falar de madrugada e sorrir para dentro como quem confia.)

3 comentários:

Anónimo disse...

a Pandora e o Tyler Durden juntos?? irresistivel :) "...stop controling everything and just let go..." sim, afinal porque não deixarmos de ser certinhos e simplesmente abrirmos a caixa? respiremos fundo uma vez por outra, para sermos realmente nós... :)*

Anónimo disse...

muita boa escrita aqui... adicionei-te aos links do poetry café, desculpa pelo atraso.

votos de um 2008 cheio de boa escrita.

Anónimo disse...

és fantástica...