Hoje não te encontrei no meio das horas. Acordei com o barulho do silêncio a ecoar alto demais e levei algum tempo a perceber que o dia passara e já era de noite. Bastavas-me tu hoje, mais ninguém. Ou bastar-me-ia eu a mim mesma se estivesse em condições de ser razoável para alguém. Mas hoje é um dia daqueles de acordes desafinados, os que insisto em ouvir para abafar os murmúrios incandescentes dos meus medos e receios.
Hoje estou cansada de andar por aqui, quero estar onde não estou e com quem não me encontro por entre a esquizofrenia dos dias. Queria transmitir algo mais que uma absurda cara de sono e ideias despenteadas, queria mostrar as minhas teorias utópicas e irrealizáveis com as quais acordei hoje, para alguém pintar num quadro surrealista à minha imagem.
Procuro-me por entre ruas estreitas com passos que não são meus, numa cidade incógnita, encontro-me em ti, no fim, sempre em ti. Ando sorumbática por estes dias, durmo às prestações de duas horas e quatro cafés seguidos, não sei para onde me virar e nem sei em que dia estamos. Preciso de ajuda para recompor os meus propósitos nas últimas madrugadas, preciso de uma conversa com tópicos daqueles que não fazem sentido mas que nos fazem levitar mil anos.
Gosto de sentir a simplicidade do meu lado. Não me encontro noutras paragens que não a tua. Onde estás? Ontem adormeci deliciada a relembrar as teorias de alguém, queria que me ouvisses agora gritar versos anónimos e sem sentido. Não sei mais nada hoje, já deixei cair todas as máscaras de sensatez, só sei a tua falta, os teus gestos, sinto o teu cheiro como um perfume que me inquieta, como uma embriaguez dócil que me aquece e me deixa fraca, fraca. Mas no fim tu fazes-me sempre sentir mais forte.
Durmo mais duas horas. Levanto-me ao som de violinos enfurecidos. Bebo mais um copo vazio para enganar a outra sede.
Hoje estou cansada de andar por aqui, quero estar onde não estou e com quem não me encontro por entre a esquizofrenia dos dias. Queria transmitir algo mais que uma absurda cara de sono e ideias despenteadas, queria mostrar as minhas teorias utópicas e irrealizáveis com as quais acordei hoje, para alguém pintar num quadro surrealista à minha imagem.
Procuro-me por entre ruas estreitas com passos que não são meus, numa cidade incógnita, encontro-me em ti, no fim, sempre em ti. Ando sorumbática por estes dias, durmo às prestações de duas horas e quatro cafés seguidos, não sei para onde me virar e nem sei em que dia estamos. Preciso de ajuda para recompor os meus propósitos nas últimas madrugadas, preciso de uma conversa com tópicos daqueles que não fazem sentido mas que nos fazem levitar mil anos.
Gosto de sentir a simplicidade do meu lado. Não me encontro noutras paragens que não a tua. Onde estás? Ontem adormeci deliciada a relembrar as teorias de alguém, queria que me ouvisses agora gritar versos anónimos e sem sentido. Não sei mais nada hoje, já deixei cair todas as máscaras de sensatez, só sei a tua falta, os teus gestos, sinto o teu cheiro como um perfume que me inquieta, como uma embriaguez dócil que me aquece e me deixa fraca, fraca. Mas no fim tu fazes-me sempre sentir mais forte.
Durmo mais duas horas. Levanto-me ao som de violinos enfurecidos. Bebo mais um copo vazio para enganar a outra sede.
1 comentário:
"Bebo mais um copo vazio para enganar a outra sede." Brutal. Aqui não leio, sorvo. Daquela forma, com aquela palavra: severamente. ;)
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