segunda-feira, agosto 20, 2007

hum...

Acordo de manhã e o relógio está parado desde as tuas mãos nas minhas. Dói-me a cabeça permanentemente. O livro do Saramago serve de base para copos. Amanhã leio a última página, sempre. O telefone toca mas não é ninguém. Diz-lhe que não estou e que já vai tarde. Não me apetece vender frases a ninguém. Mas há tanta gente com quem partilhar frases.

E ontem sonhei que caia em queda livre de tectos alheios. Mas sabia tão bem como chocolate numa depressão.

Aconselharam-me a ser o mais racional possível. Rasgo papel, papel, restos de fins encantados, gelados em cone. Vejo as conversas dentro do carro e a camisola às riscas, metodicamente. É isso que importa memorizar.

E estou cansada, tão cansada. Não me apetece escrever mais nada hoje. Porque aquilo que escrevemos não é mais do que isso, aquilo que escrevemos. E hoje não me apetece ser mais do que isto.

Não, não é mais do que isso, aquilo que escrevemos.

(Espera, esqueci-me de reabrir os olhos...)

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